Santa Catarina mantém, pelo segundo mês seguido, quatro das cinco cidades com maior preço médio de imóveis no Brasil, segundo o índice FipeZap, divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em maio.
Os dados de abril destacam Balneário Camboriú (1º lugar), Itapema (2º), Florianópolis (4º) e Itajaí (5º), que, apesar de apresentarem aumentos nos preços, mantiveram suas posições em relação ao mês anterior. Vitória (ES) permanece na terceira posição.
Das cidades catarinenses listadas, apenas Florianópolis não está localizada no Litoral Norte. Especialistas acreditam que a valorização dos imóveis na região é atribuída a vários fatores, incluindo a proximidade da praia e bons indicadores em educação e saúde.
Crisanto Soares Ribeiro, professor de gestão financeira da Universidade do Vale do Itajaí, explica que o esgotamento de áreas para construção em Balneário Camboriú, que lidera a pesquisa há várias edições, tem impulsionado a valorização de cidades vizinhas. “Observa-se uma expansão imobiliária para municípios próximos”, comentou.
Um exemplo é Itajaí, que subiu da sexta posição no relatório de março, ultrapassando São Paulo (SP) ao registrar um aumento de 1,02% no preço médio de venda de imóveis residenciais.
O Índice FipeZap considera 50 das principais cidades do país, calculando a variação mensal dos preços de imóveis residenciais com base em anúncios online.
Destaques de valorização
Em Santa Catarina, a cidade de São José, na Grande Florianópolis, destacou-se com a maior variação percentual entre as 50 cidades analisadas, apesar de ter apenas o 19º metro quadrado mais caro. Nos últimos 12 meses, São José registrou um aumento de 17,06% no preço dos imóveis.
Vizinha de Florianópolis e a quarta cidade mais populosa do estado, São José é a única que faz limite terrestre com a capital. A alta nos preços dos imóveis está relacionada à expansão imobiliária que absorve a demanda por moradias próximas à Ilha de Santa Catarina.
De acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase metade da população de São José (41,05%) reside em prédios.