O presidente da Acit (Associação Comercial e Industrial de Tijucas), Rogério de Souza e o presidente da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas), Luciano Spengler, estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira (13) com autoridades civis, militares, representantes do poder Judiciário e diretores das entidades para iniciar um debate a respeito da transformação do presídio regional de Tijucas em uma penitenciária, conforme prevê o Governo do Estado.
A reunião foi conduzida pelo advogado das entidades, Marcos José Campos Cattani e teve por principal objetivo trazer o tema para discussão pública buscando medidas que possam, evitar a vinda da nova unidade ou, ao menos, amenizar os reflexos negativos que esta medida trará para Tijucas.
Durante a discussão, autoridades e diretores presentes debateram sobre as atuais condições do presídio regional, falaram sobre os impactos que a cidade sofreu desde sua instalação em 1999 e dos problemas de superlotação que o mesmo enfrenta há muitos anos. Atualmente, o presídio tem capacidade para 155 detentos, no entanto, conta hoje com 261 presos. Com a alteração proposta pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, Tijucas teria uma nova estrutura física nos moldes de penitenciária com capacidade para abrigar 599 presos, vindos de todo o estado.
Este aumento populacional, aliado à possibilidade de vinda de mais moradores para Tijucas também foram levantados durante a reunião como um fator negativo já que sobrecarregará ainda mais o sistema público de saúde, a educação e todos os demais setores que atendem a comunidade, em especial, a segurança.
De acordo com o presidente da Acit, Rogério de Souza, novos encontros devem ser realizados posteriormente, já que nesta primeira reunião foram expostos apenas os pontos de vista dos principais agentes envolvidos no processo. “Se Tijucas ainda pode ou deve fazer algo para evitar esta mudança é uma questão que precisa ser debatida com todos, urgentemente. O que se tem certeza, no entanto, é que, caso não seja possível evitar a vinda da penitenciária, temos que, ao menos, fazer com que Tijucas garanta alguma contrapartida do Estado, como melhorias no efetivo policial, recursos para saúde, educação, enfim, algo que torne a cidade capaz de suportar este novo cenário”, diz.
(Texto e fotos: Karina Peixoto | ACIT/CDL)