Nesta quinta-feira, 1º, o agente de Polícia Civil de São João Batista, Eduardo Cesar de Menezes Dias Ribeiro encerra o ciclo na carreira policial de Santa Catarina. Nos próximos dias, Ribeiro deve tomar posse no cargo de delegado de Polícia Civil no estado de Tocantins.
Lotado na 17ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Brusque desde 2008, Ribeiro sempre atuou na comarca de São João Batista. Assim que entrou para a Polícia Civil, o carioca tinha intenção de atuar em Balneário Camboriú, local onde residia. Inclusive, quando saiu da Academia de Polícia (Acadepol) já tinha uma permuta para ir para o município litorâneo.
Entretanto, duas semanas atuando em São João Batista, Ribeiro pediu para cancelar a permuta para ficar em terras calçadistas. “Me doei muito nesses 9 anos na Delegacia de São João Batista e foi aqui também que formei minha família, com minha esposa sendo daqui. Por isso, pretendo sempre estar aqui na cidade que me acolheu bem”, diz.
Segundo Ribeiro, assim como qualquer outro município do país, as principais demandas da Polícia Civil estão voltadas ao tráfico de drogas, homicídio, roubo e furto. Sendo que as três últimas, na maioria das vezes, estão relacionadas ao tráfico de drogas.
Operações que marcaram
Durante os 9 anos e 4 meses no cargo de agente de polícia, Ribeiro participou de operações que marcaram muito a sua carreira profissional e também na segurança pública do município.
Em 2010, por exemplo, o policial foi responsável pela investigação que resultou na prisão de 12 traficantes, sendo que cinco deles comandavam o tráfico de dentro do presídio.
E, em 2011, Ribeiro também foi o responsável pela operação intitulada Salvatori, que prendeu 14 traficantes da mesma família. Esta foi a maior operação contra o tráfico da história de São João Batista.
Outra operação que marcou bastante na carreira do policial foi em 2013, quando realizou uma operação interestadual (Santa Catarina e Rio Grande do Sul), com a prisão de seis traficantes, sendo que alguns anos depois um deles morreu em confronto com policiais do Deic, em frente ao Banco do Brasil.
Entre tantas outras prisões, Ribeiro lembra as duas grandes realizadas no ano passado, também interestaduais, sendo intituladas de Acarpule, com prisão de sete traficantes e a Leão do Norte com mais sete prisões de traficantes.
Além disso, praticamente todos os homicídios que foram destinados para a investigação de Ribeiro, foram elucidados.
Escolha por Tocantins
A escolha para atuar no estado de Tocantins foi bastante pensada pelo policial civil. Ribeiro explica que por ser um estado novo, com apenas 30 anos, encontrará uma polícia sem tantos vícios de corrupção.
Além disso, com uma bagagem extensa na Polícia Civil, ele acredita que poderá contribuir bastante com a segurança pública do estado tocantinense. “Vejo com oportunidade para a carreira, para crescer mais e mais rápido”, analisa.
Como delegado, Ribeiro também percebe que terá voz mais ativa e, como enxerga os erros cometidos no trabalho policial, poderá contribuir para uma melhora na segurança pública. “Como tenho grande experiência no setor de investigação, acredito que contribuirei bastante também com essa área”, informa.
Ribeiro lembra ainda que, se não fosse sua exoneração do cargo para assumir como delegado em Tocantins, atuaria como professor de investigação na Academia de Polícia Civil (Acadepol) nos próximos concursos públicos.