
O ex-presidente Donald Trump, em seu segundo mandato à frente dos Estados Unidos, avalia expandir de forma significativa a lista de países sujeitos a restrições de entrada no país. De acordo com documentos obtidos pela imprensa americana, como o Washington Post e a Reuters, o governo pretende incluir cidadãos de mais 36 nações em um novo pacote de medidas migratórias.
A possível ampliação das restrições faz parte de uma política mais rígida de segurança nacional e controle de fronteiras, central na atual gestão. O memorando, assinado pelo secretário de Estado Marco Rubio, aponta que os países na lista têm problemas como falhas na emissão de documentos de identidade seguros, alta taxa de permanência irregular de seus cidadãos nos EUA e pouca cooperação em processos de deportação.
Entre os países citados estão diversas nações africanas — como Nigéria, Angola, Egito e Etiópia — além de países do Caribe, da Ásia Central e do Pacífico, incluindo Tonga e Tuvalu. As novas regras podem resultar na suspensão total ou parcial da emissão de vistos para cidadãos desses países.
Os governos afetados terão um prazo de 60 dias para apresentar soluções e melhorar os critérios de segurança exigidos pelos EUA. Caso não haja adequação, os países poderão ser submetidos a sanções semelhantes às aplicadas a outras 19 nações desde o início do mandato, incluindo proibições totais (como nos casos de Irã, Líbia e Afeganistão) e restrições parciais (como para Cuba e Venezuela).
Críticos da medida, incluindo defensores dos direitos civis e parlamentares democratas, acusam a administração Trump de promover políticas migratórias discriminatórias e prejudicar as relações diplomáticas dos Estados Unidos. Já o governo argumenta que as ações são necessárias para proteger a segurança nacional e garantir um controle mais rigoroso sobre quem entra no país.
Caso a medida seja efetivada, será a maior ampliação de restrições de entrada desde o primeiro mandato de Trump, reforçando seu compromisso com uma política migratória dura e de fechamento de fronteiras. As decisões finais devem ser anunciadas até agosto, após o prazo de resposta dos países listados.