
O ex-presidente e atual candidato à reeleição, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira, 22 de julho de 2025, a retirada dos Estados Unidos da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). A decisão reacende tensões diplomáticas e segue a mesma linha adotada durante seu primeiro mandato, quando o país já havia deixado o órgão em 2017, retornando apenas em 2023 sob a administração de Joe Biden.
Em nota oficial, Trump justificou que a Unesco “não está alinhada ao interesse nacional dos Estados Unidos” e alegou que a organização tem se envolvido em pautas que considera “politizadas” e “contrárias aos valores americanos”. A medida faz parte de um pacote de política externa mais agressiva apresentado por sua campanha, com foco no que chama de “soberania plena” e redução da participação americana em organismos internacionais.
A saída dos Estados Unidos impacta diretamente os programas da Unesco que contam com contribuições financeiras e técnicas norte-americanas, como projetos educacionais, preservação do patrimônio histórico e iniciativas científicas globais.
Especialistas em relações internacionais avaliam que a decisão pode enfraquecer o multilateralismo e isolar ainda mais os EUA em fóruns internacionais. Por outro lado, apoiadores de Trump comemoram a medida como uma postura de firmeza e independência diante de entidades que, segundo eles, estariam distantes dos interesses do cidadão americano.
A Unesco ainda não se manifestou oficialmente sobre o anúncio. A organização já havia enfrentado desafios financeiros e diplomáticos em ocasiões anteriores, especialmente após a saída dos EUA em 2017 e de Israel no mesmo período.