Com o início do inverno nesta quarta-feira, 21, é comum observar um aumento nos casos de doenças respiratórias devido às baixas temperaturas. Durante essa estação, as pessoas tendem a buscar locais fechados e pouco ventilados para se manterem aquecidos, o que favorece a circulação de vírus e bactérias.
É importante ressaltar a necessidade de intensificar as medidas de prevenção nesse período, a fim de reduzir o número de casos. Segundo Fábio Gaudenzi, superintendente de vigilância em saúde, as pessoas mais idosas devem estar especialmente atentas, pois o risco de agravamento é maior nesse grupo. As medidas de prevenção são simples, mas de extrema importância: higiene frequente das mãos, uso de lençol descartável ou do antebraço ao tossir ou espirrar, uso de máscara em caso de sintomas prescritos, manutenção de ambientes ventilados, evitar o compartilhamento de objetos pessoais, evitar contato próximo com outras pessoas em caso de sintomas, evitar aglomerações, principalmente em ambientes fechados, além de adotar hábitos saudáveis como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
Além dessas medidas, a vacinação é uma importante aliada na prevenção das doenças respiratórias. Nas unidades de saúde, estão disponíveis gratuitamente vacinas contra a gripe e a Covid-19. Ambas podem ser aplicadas em toda a população a partir dos seis meses de idade, seguindo o esquema vacinal recomendado para cada faixa etária. Além disso, são fornecidas outras vacinas para mais de 20 doenças.
Em Santa Catarina, de acordo com boletim divulgado pela Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), foram confirmados, neste ano, 468 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza, sendo casos graves de gripe que necessitaram de hospitalização. Desse total, 31 pessoas faleceram em decorrência da doença, com a maioria apresentando comorbidades e/ou fatores de risco. Mais da metade dos óbitos foram de idosos com 60 anos ou mais.
A gerente de imunização da DIVE/SC, Arieli Schiessl Fialho, destaca a importância de as pessoas mais qualificadas, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, procurarem uma unidade de saúde para tomar a dose da vacina contra a gripe.
No entanto, a cobertura vacinal da população dos grupos prioritários ainda está abaixo da meta estabelecida. Segundo dados do Painel de Vacinação do Ministério da Saúde (MS), pouco mais de 47% da população dos grupos prioritários recebeu a vacina da gripe. A meta é vacinar 90% desse público-alvo.
A Campanha de Vacinação contra a gripe termina no dia 30 de junho, porém, as doses continuarão disponíveis nos postos de saúde até o fim dos estoques de cada cidade. Desde o dia 12 de maio, a vacinação está liberada para toda a população a partir dos seis meses de idade.
Quanto à vacinação contra a Covid-19, a procura também está abaixo do esperado. Aproximadamente 570 mil pessoas se vacinaram dentre os mais de 5 milhões que estão aptas a receber a dose de reforço com a vacina bivalente, de acordo com o Vacinômetro COVID-19.
A vacina contra a Covid-19 está disponível para toda a população com 18 anos ou mais que já tenha concluído o esquema vacinal com duas doses da vacina monovalente, com a última dose aplicada há mais de quatro meses. Para os grupos prioritários, a vacinação está liberada a partir dos 12 anos e inclui pessoas imunocomprometidas, com comorbidades, indígenas, gestantes, puérperas e deficientes.
A vacinação é uma medida eficaz na prevenção de casos graves, hospitalizações e mortes, tanto para gripe quanto para a Covid-19 e outras doenças imunopreveníveis. É importante ressaltar que as vacinas contra a gripe ea Covid-19 podem ser aplicadas simultaneamente, garantindo uma proteção mais abrangente contra essas doenças.