O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de São João Batista completou, nesta terça-feira (25), três meses de atividades. Situada na rua Augusto Paulo Durkopp, nº 60 (em frente à Rede Feminina de Combate ao Câncer), a unidade especializada em saúde mental já efetuou mais de 900 atendimentos neste período.
“Apesar do pouco tempo desde a inauguração, já verificamos um grande impacto dos serviços oferecidos pelo CAPS na rede. Com a pandemia, tivemos uma piora no quadro geral de saúde mental da população, gerando uma alta demanda por consultas de psicologia e psiquiatria. Com o CAPS, estamos conseguindo reduzir significativamente estas filas, além de atender imediatamente os casos mais graves”, analisa a secretária municipal de Saúde, Karin Leopoldo.
Conforme ela destaca, o impacto destas ações também está sendo sentido no Hospital Monsenhor José Locks, onde, nos últimos três meses, foi observada uma redução na quantidade de pacientes que deram entrada na emergência por crises de pânico ou ansiedade. Além disso, no mesmo período, foi verificada uma diminuição no número de tentativas de suicídio atendidas pela unidade hospitalar.
De modalidade tipo I, o CAPS de São João Batista tem abrangência microrregional, sendo referência também para Nova Trento e Major Gercino. A unidade, que atua no tratamento e reinserção social de pessoas com transtorno mental grave e persistente, inclusive pelo uso de substâncias psicoativas, conta com uma equipe formada por dois psicólogos, um psiquiatra, um clínico geral, um enfermeiro, um assistente social, um técnico em enfermagem e um assistente administrativo.
Oficinas integrativas
No local, também são ofertadas práticas integrativas e complementares, levando em consideração o perfil dos pacientes. Sete grupos já estão com atividades em desenvolvimento junto ao CAPS, atendendo em média a dez participantes por encontro. São eles: Mulheres, Arte de Viver, Jovens (matutino), Jovens (vespertino), Sabedoria, Família e Álcool/Drogas (AD).
“As pessoas precisam conhecer para saber tudo que o CAPS pode fazer. Tem gente sofrendo na cama, com depressão, e aqui é o lugar certo para tratar isso. Aqui a gente é muito bem acolhido, me sinto muito gratificado”, avalia o senhor Guinter Eguer, que participa de algumas das atividades oferecidas pela unidade.
O trabalho também tem o reconhecimento da coordenadora da área técnica da Saúde Mental da Secretaria de Saúde do Estado de Santa Catarina, Ludmilla Castro Malta. “São João Batista está de parabéns pelo que vem fazendo no CAPS. Fazia muito tempo que não via esse tipo de prática, com o feitio das coisas pelos usuários, a multiplicidade de grupos e oficinas terapêuticas. Muito legal mesmo, obrigado por proporcionarem isso a quem precisa”, elogia.