A situação na saúde pública de Santa Catarina é alarmante, com hospitais enfrentando uma crise de capacidade em meio a uma explosão de casos de dengue e doenças respiratórias. Os leitos de UTI estão lotados, as filas de espera são longas e muitas cirurgias foram canceladas devido à falta de espaço e recursos.
De acordo com os dados do governo do Estado, dos 1.301 leitos ativos em Santa Catarina, apenas 100 estão disponíveis, o que representa uma taxa de ocupação de mais de 92%. No entanto, é importante ressaltar que esse indicador pode ser ainda mais elevado devido à rápida rotatividade de pacientes nos leitos.
A ocupação de leitos de UTI adulto atingiu 100% em regiões como a Grande Florianópolis e Foz do Rio Itajaí, enquanto em áreas como Planalto Norte, Norte e Vale do Itajaí, mais de 90% dos leitos estão ocupados. Situação semelhante é observada nos leitos pediátricos e neonatais, com ocupação total em algumas regiões.
Diante da falta de leitos, os pacientes são encaminhados para a Central de Regulação de Internações Hospitalares na esperança de encontrar vagas em outras unidades de saúde. A situação chegou a um ponto crítico, com casos de espera de até 12 horas para atendimento, como ocorreu no Hospital Infantil em Joinville.
O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputado Mauro de Nadal, expressou preocupação com a situação e anunciou que a Comissão de Saúde da Alesc pretende convocar a secretária de Saúde do Estado para prestar esclarecimentos. Ele destacou a necessidade de entender a disparidade entre o que está sendo relatado pelo governo e a realidade enfrentada pela população.
Em resposta às críticas, a Secretaria de Estado da Saúde afirmou estar implementando diversas estratégias para ampliar os atendimentos e reduzir as filas de cirurgias eletivas. No entanto, a situação continua preocupante, e a pressão sobre o sistema de saúde só aumenta.