Logo no primeiro dia de reunião – ou sessão, como queiram – da nova Legislatura de São João Batista, o vereador Heriberto Eurides de Souza, o Betinho Souza (PPS) mostrou que todos terão que ser iguais dentro do Poder Legislativo. Ele deu um verdadeiro pito em Leôncio Paulo Cypriani (PMDB), quando este votou na frente de todos, sendo que o correto – de acordo com o o Regimento Interno da casa – é que a votação para a escolha da presidência e Mesa Diretora seja secreta.
Betinho pediu questão de ordem e exigiu uma nova votação, ao passo que foi acatado pelo então presidente Carlos Francisco da Silva, o Carlinhos (PP). Nova votação e resultado previsto: Rúbia Alice Tamanini Duarte (PSD), é a primeira mulher a ocupar a presidência da Câmara em São João Batista.
Para alguns, foi um exagero o pito de Betinho. Para outros, correto. A verdade é que aquele papo de dizer que a Câmara tem que ser de paz etc. e tal, não quer dizer que todos têm que se comportar como anjinhos e se curvar quando há algo errado. Afinal, o direito de um termina quando começa o do outro. E se todos votaram como era para ser, ou seja, na sala que estava disponível ao lado (a exceção foi Leôncio), creio que a reprimenda veio a contento.
Mas se o debate sobre o assunto é por qual motivo a votação é secreta, a resposta é simples. Está no Regimento do Poder Legislativo. E é passível de mudar, assim como foi feito em Canelinha que, hoje, desfruta de uma votação aberta, no caso da escolha da Mesa Diretora.
Por enquanto, a regra na Capital Catarinense do Calçado é voto secreto. Sendo assim, é bom que todos votem como tem que ser. Nem a mais e nem a menos, seja para Betinho, Leôncio ou Rúbia.
