“Onde têm catarinenses, tem Celesc”, é o que diz uma das propagandas da empresa. Ironia publicitária para as centenas de consumidores do Vale do Rio Tijucas que comemoraram a virada do ano a luz de velas e seguem sem fornecimento.
O descaso da Celesc com os municípios da região não é novo, mas está passando dos limites. E pode ficar pior. Fechamento da agência de Tijucas empurra os atendimentos daqui para Biguaçu. E os longos períodos sem energia em casa podem virar rotina.
Com as equipes de plantão focadas nas cidades turísticas, situação se agravou no fim de 2015. E as autoridades da região, de braços cruzados estavam e assim ficaram. Com exceção de Nova Trento, que o prefeito Gian Voltolini pressionou a Celesc para manter plantão 24 horas na cidade, do resto nada. E ainda assim os neotrentinos seguem tendo problemas.
Em São João Batista a reclamação da falta de investimentos na rede são antigos. A empresa culpa a natureza, árvores e até os consumidores pelas quedas frequentes. O que nos resta fazer? Espernear, cobrar, acionar os canais de proteção ao consumidor e até mesmo a justiça.
Os políticos da região, todos, devem sair da letargia e cobrar da Celesc que resolva os problemas. Não dá mais para aceitar que fiquem neutros diante disso. Não da mais para aceitar a falta de respeito da companhia com os moradores de nossas cidades.
Fato que nenhum deles sofreu com a falta de energia durante o Natal e virada do ano. Estavam nas praias, viajando enquanto os mortais trabalhadores e pagadores de impostos ascendiam velas a todos os santos. Cadê a Celesc? Cadê as autoridades? Cadê a energia? Cadê o respeito.
Até as 19h30 deste primeiro dia de 2016, mais de 1500 consumidores estavam sem energia. Além dos prejuízos para as residências, empresas também estão sofrendo. É o caso dos produtores de de aipim na localidade de Arataca. Lá estão desde as 14h de quinta sem fornecimento e sem atendimento. E os prejuízos começam a ser somados.
A presença total da Celesc, a muitos anos está só na propaganda e no total desrespeito com os catarinenses.