Equilíbrio das contas é principal desafio de novos prefeitos

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Para quem está saindo é uma espécie de libertação. É assim que muitos gestores estão encarando os últimos dias de seus mandatos. Estressados com o agravamento da crise, o que leva a cofres cada vez mais vazios, eles não veem a hora de pular fora. E se pra quem vai é um alívio, pra quem chega os desafios se mostram gigantes. E vem agora o governo federal tentando aprovar um teto para os gastos públicos. Novamente vai sobrar na ponta mais fraca, que está com os municípios.

Teremos meses de penúria pela frente, com risco de muitos prefeitos desgastarem já no inicio de seus mandatos o capital político conquistado nas eleições. Não terão espaço para acomodar tanta gente à espera de uma vaga na estrutura pública e a chiadeira nos primeiros meses de 2017 serão inevitáveis.

ped-241Das tetas públicas o leite está cada vez mais escasso. Nos últimos anos prefeitos já vem adotando medidas para reduzir o buraco nas finanças e manter em funcionamento os serviços básicos. Tijucas, Canelinha, Nova Trento, São João Batista e Major Gercino estão entre as cidades em que a realidade vai bater na porta.

Para fechar as contas neste ano, os gestores já adotam horário de verão, aproveitam o fim do período eleitoral para demitir e reduzem uma série de serviços. Se não conseguirem fechar as contas, terão problemas com o Tribunal de Contas do Estado, que já vem emitindo sucessivos avisos para a situação caótica das prefeituras.

Historicamente os municípios da região não possuem recursos próprios para se manter. De pires nas mãos, vivem mendigando beiradas de emendas parlamentares e rogando para que Governo Federal e Estadual enviem uma beirinha do orçamento. Ou fazem empréstimos, mas esses só servem para obras não para as contas corriqueiras. Drama dos cofres cada vez mais vazios que vai ser sentido pela população.

Em São João Batista, o gasto desmedido no primeiro mandato de Daniel Cândido, não será possível no seu segundo ciclo. Deixou o comando do Executivo em agosto com uma folha de pagamentos em 60%, acima do limite aceitável pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Quando retornar em janeiro, dificilmente conseguirá empregar todos que deixaram suas funções quando deixou a prefeitura. E é ai que a realidade vai bater a porta.

Tanto na Capital Catarinense do Calçado como em outros municípios da região, viveremos um período de turbulência, com escassez de recursos. Para conseguir atender as demandas sociais terão que abrir mão de inchar as máquinas com contratações. Isso trará prejuízos políticos. Prefeitos estarão entre a cruz e a espada. Entre atender a avidez de partidos por cargos, ou fornecer serviços ao cidadão. No fim das contas, quem fechou os olhos durante a campanha eleitoral, será acordado com um balde de água fria logo ali na frente.

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