Maria da Silva Cruz, a Dona Mariquinha, nasceu em Angelina em outubro de 1936. Casada com Augustinho Pedro da Cruz, juntos tiveram nove filhos. Na década de 60 veio para São João Batista e se instalou em frente à antiga Escola Isolada do Carmelo.
Junto ao marido enfrentaram muitas dificuldades, da roça tiravam o sustento próprio e dos filhos. Pessoa simples, mas de um coração inigualável. Não era por acaso que seu nome era Maria. Quem passava pela casa de Dona Mariquinha e lhe pedia algo, nunca saiu de mãos vazias.
Também foi merendeira voluntária na Escola Isolada do Carmelo. Na época o Estado mandava pouca merenda escolar. O leite em pó quando vinha da União, eram em sacos de 50 kilos. Não foram poucas as vezes que dona Mariquinha “o pouco que tinha botava no pouco que vinha”, lembra com carinho a filha primogênita Dulce. Assim ela fazia, para não deixar sem comida, muitas daquelas crianças que tinham na merenda a única refeição.
Dona Maria da Cruz, foi merendeira voluntária da Escola Isolado do Carmelo por muitos anos, ajudava nos dois períodos. Sem dúvida, com sua bondade e dedicação, em muito contribuiu para a alfabetização, educação e formação de muitos os alunos que naquele modesto educandário, aprenderam a ler, escrever as primeiras letras e palavras. São incontáveis os alunos que Dona Mariquinha a fome espantou. Hoje são mulheres e homens honrados que com gratidão lembram daquela grande personalidade, a qual esse momento é lembrada com essa simples mas verdadeira homenagem. Obrigado Dona Maria da Silva Cruz, Dona Mariquinha, Mulher que muito fez.
SOLENIDADE
Todas as mulheres receberão o título de ‘Mulheres do Ano’, dividem conosco parte da trajetória de vida. A sessão solene acontece na quarta-feira, 29, às 20h no Centro Cultural Professora Maria Roselene Duarte Clemes, no Centro.