A tenda armada na comunidade Bethânia em São João Batista para abrigar os fiéis e admiradores de padre Léo ficou pequena. Centenas de pessoas compareceram a celebração religiosa na tarde de segunda feira (12), que marcou o final da programação festiva, alusiva aos vinte anos de fundação do lugar que tem como propósito restaurar vidas, e lutar contra o problema das drogas, acolhendo a cada um, como proposta de vida.
Comandada pelo padre Vicente, um dos momentos mais emocionantes da celebração foi quando os restos mortais de padre Léo, depositados em uma urna, foi conduzido pelo corredor central, pelo meio do povo, sendo disposto em seguida em frente ao altar. Foi difícil segurar as lágrimas, ao ver ali, o sopro de uma vida curta, mas intensa, daquele que se dou por amor ao próximo.
Padre Léo faleceu em janeiro de 2007, e estava sepultado em Itajubá/MG, cidade de seus familiares. Atendendo ao pedido da comunidade, a família realizou também um desejo do religioso, de que gostaria de ser sepultado no lugar onde iniciou sua maior obra cristã.
Os restos mortais de Padre Léo ficarão em uma capela para visitação, ao lado do memorial, de forma provisória. O mausoléu permanente será construído anexo à igreja Espirito Santo, que também será erguida em breve. A pedra fundamental desta obra foi lançada no dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, e de Bethânia.
Ainda em comemoração aos vinte anos de Bethânia, foi lançado um livro com a biografia de padre Léo. O escritor Marlon Arraes de Brasília/DF foi o responsável pela pesquisa e concepção da obra. Os exemplares podem ser adquiridos via internet no www.bethania.com.br – www.cancaonova.com e ainda na loja física da comunidade e algumas livrarias.
Padre Léo voltou para casa, para Bethânia. Sua presença física não é mais vista, mas o seu espirito é presente e percebido, por todos aqueles que buscam em Bethânia um abrigo, um caminho, um sorriso, um motivo para recomeçar, um motivo chamado padre Léo.
Texto e fotos: Jabson Alexandre