Se existe um momento difícil na vida das pessoas, é a hora da partida, principalmente quando na despedida temos a certeza de que este alguém nunca mais ira voltar. A dor se torna ainda mais profunda quando este alguém é especial em nossas vidas, deixando a saudade como nossa companheira.
Nesta quinta-feira (04), a notícia do falecimento de Jeter Clemes aos 81 anos, deixou muitos Batistenses tristes, como se tivessem perdido alguém da família. Talvez pelo nome você não esteja se lembrando de quem seja esta pessoa.
Jeter era muito conhecido pelo seu jeito simples e alegre de viver, e também pelo trabalho que desenvolvia há muitos anos por aqui. Quem nunca cruzou com um senhor de cabelos grisalhos, porte físico magro que passava uma falsa impressão de fragilidade, pedalando sua bicicleta fizesse chuva ou sol, vendendo sua rifinha?
Esta figura simbólica de São João Batista foi sapateiro, trabalhou na Usati, usina de açúcar, e era apaixonado pelo Fluminense. Apreciador de uma boa prosa vivia conversando com as pessoas pela cidade, sempre de bom humor. Gostava de falar sobre futebol, principalmente dos clássicos entre Comercial e Usati, e comentava um pouquinho sobre politica, mas sempre de forma moderada, não discutia com ninguém e não era de impor sua opinião aos outros, era um boa praça, gente fina. Também gostava de carnaval, e falava muito dos tempos de folião.
Pois é! E justamente na semana do carnaval, nesta quinta-feira, infelizmente nos deixou para nunca mais voltar, o amigo desta terra, o sapateiro, o vendedor, o folião, o torcedor, o pai exemplar de família, o bom carácter, o nosso amigo Beléga.
Vai com Deus Beléga!