Em seu segundo dia, a paralisação dos caminhoneiros contra o aumento no preço do diesel afetou diversos serviços em todo o país e protestos foram registrados também na BR-101 em Tijucas. Parte da BR-101 voltou a ser bloqueada na noite desta terça-feira (22) depois que pneus foram queimados na rodovia. Aeroportos, indústrias e agroindustrias tiveram suas atividades atingidas pelos protestos nas principais rodovias federais.
Quem trafegava pelo sentido norte (sentido Itapema) teve que ter cautela ao passar pelo trecho, em cima da ponte que corta município de Tijucas. Bombeiros foram acionados e controlaram as chamas. A situação foi acompanhada de perto por dezenas de curiosos. Esta é a segunda vez que acontece este fato.
No início da noite desta terça-feira (22), a rodovia chegou a ser bloqueada depois que pneus foram queimados.
Segundo o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Cargas de Volta Redonda e Região Sul Fluminense (Sinditac-VR), Francisco Wild, além da alta do combustível, há outras três motivações para o movimento. Uma delas é a cobrança da votação do Projeto de Lei 528/2015, que cria uma tabela com valores mínimos para o frete cobrado no transporte rodoviário de cargas.
A proposta já foi aprovada na Câmara dos Deputados e aguarda apreciação no Senado. As outras duas razões da paralisação, segundo ele, são o repúdio à suposta corrupção nas balanças de pesagem e a falta de confiança na fiscalização das cargas.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa mais de 140 agroindústrias em todo o país, disse por meio de nota que “os bloqueios impedem o transporte de aves e suínos vivos, ração e cargas refrigeradas destinadas ao abastecimento das gôndolas no Brasil ou para exportações”.
Reações
Diante do impacto das paralisações, o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, anunciou no início da noite que o governo vai eliminar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) cobrada sobre o diesel. Em acordo feito com o Congresso Nacional, o governo se comprometeu a assinar um decreto eliminando o tributo sobre o diesel assim que o Congresso Nacional aprovar o projeto de reoneração da folha de pagamento, para compensar as perdas.