Na próxima terça-feira, dia 17 de setembro, o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação das Tartarugas Marinhas e Biodiversidade Marinha do Leste (Centro Tamar), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realiza uma exposição de réplicas de tartarugas marinhas no Casarão Gallotti.
A ação tem como objetivo divulgar as ações que o Tamar realiza, juntamente com os seus parceiros, em defesa da conservação das tartarugas marinhas, bem como explicar o efeito do lixo para os animais marinhos. A exposição traz réplicas em tamanho natural e apresentação de vídeos com solturas de animais. O evento acontece com apoio da Administração Municipal, através das Secretarias de Educação, Agricultura, Pesca e Meio Ambiente.
O Projeto Tamar foi criado em 1980 e hoje é reconhecido internacionalmente como uma das mais bem-sucedidas experiências de conservação marinha. Desde 2001, o projeto vem desenvolvendo o Programa Nacional para a Redução da Captura Incidental de Tartarugas Marinhas, que estuda medidas para diminuir o impacto das pescarias sobre esses animais ameaçados de extinção.
Uma das medidas mitigadoras desenvolvidas é a substituição dos anzóis comuns tipo J pelos anzóis circulares, que agridem menos as tartarugas. Eles reduzem a captura em cerca de 60% e aumentam as chances de sobrevivência pós-captura.
“O evento tem foco no efeito do lixo para os animais marinhos, o ICMBio estará no local para dar explicações sobre o tema. A nossa intenção é explicar o que fazer quando os pescadores capturarem tartarugas nas redes durante o trabalho. O ICMBio dá todo o suporte para fazer a soltura, eles vão ensinar como soltar da rede sem machucar o animal, dizer qual o melhor ponto da praia para soltar. Porque não pode ser feito em qualquer lugar, depende das correntes”, explica Letícia Tommasi, engenheira ambiental e sanitarista do Samae de Tijucas, que organiza o evento.