A tradicional Sociedade Recreativa 19 de Julho, de São João Batista, fechará às portas para não mais abrir. Esta foi a decisão tomada pela maioria dos oito integrantes da diretoria, em Assembleia Geral na noite de quarta-feira, 21, na sede da 19.
A falta de recursos para investimentos e, principalmente, o não comprometimento dos sócios foram alguns dos motivos apontados pelo presidente Renato Goerdert, para que se tomasse essa decisão. “Infelizmente vivemos um momento em que as pessoas não querem mais saber das Sociedades Recreativas. Não é somente a 19 de Julho, mas tantas outras que sofrem com isso, como o Humaitá e o Primavera, em Nova Trento, e o Tijucas Clube, por exemplo”, disse Goerdert.
O voto dele foi o de minerva, o que desempatou as propostas colocados em pauta. Havia a possibilidade, inclusive, de anexar a 19 de Julho com a Sociedade Recreativa Banda Musical, mas foi voto vencido, assim como a possibilidade de reerguer a instituição.
Única presidente mulher, Maria Círia Aragão Zunino também votou pela venda da sede. “Dói no coração da gente, mas não há mais o que fazer. Os tempos mudaram”, reflete. Nostálgica, ela lembra tantos bailes de debutantes, carnavais e bailes do chopp e artistas do cenário nacional, que desfilaram pelo palco da 19 . “A 19 de Julho deixará saudade de um tempo que não volta mais”, conclui.
Margarete Goedert diz que se criou dentro da 19 de Julho. Seu pai e família tiveram papel fundamental durante esses quase 49 anos de atividade (no dia 19 de julho deste ano, a Sociedade completa aniversário). “Hoje o público jovem tem outras prioridades. Até pensava-se alguns projetos para esta sede. mas quem vai investir?”, disse.
Agora, os diretores da Sociedade Recreativa 19 de Julho vão se dedicar aos trâmites da venda do patrimônio. Em seguida, haverá a venda em si e, os recursos serão divididas pelas 200 quotas como descrito no estatuto.
Ouça o pronunciamento de Renato Goerdert