O aumento dos casos de depressão e as consequências para a sociedade vão estar no foco dos debates de audiência pública da Comissão de Saúde, programada para às 4 horas de segunda-feira, 19, no Plenarinho Paulo Stuart Wrigth. A proposta partiu do deputado Antonio Aguiar (PMDB), que é médico. Santa Catarina é apontado como segundo estado que mais concentra adultos deprimidos. Segundo dados de 2014 do IBGE, 12,9% das pessoas com 18 anos ou mais já foram diagnosticadas com depressão por profissionais de saúde.
A depressão é muito mais que um acesso de melancolia e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) é um transtorno mental no qual a pessoa é afetada por uma tristeza permanente que resulta em perda de interesse pelas atividades habituais. Em casos considerados leves, dura cerca de duas semanas, mas pode se estender por longos períodos, e em casos severos tornar-se um mal incapacitante permanente. Segundo estatísticas de 2015, havia cerca de 322 milhões de depressivos no mundo, 18,4% a mais que dez anos antes conforme estudos da OMS.
Em países desenvolvidos se avalia que quase metade das pessoas com depressão não foram diagnosticadas e por isso não recebem tratamento. Essa avaliação é ainda maior em países menos desenvolvidos, onde se estima que até 90% dos acometidos por depressão não se tratam. A consequência mais grave é que cerca de 800 mil pessoas se suicidam todos os anos no mundo.
A audiência pública pretende abrir espaço para técnicos, entidades que trabalham em apoio a pessoas com depressão e até para segmentos que atuam nos atendimentos de emergência, ligados à área da segurança pública. A proposta é abrir o debate sobre o que pode melhorar nas políticas públicas para amenizar o problema social.
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