David Robert Jones nasceu em 8 de janeiro de 1947, em Brixton, em Londres. A paixão pela música nasceu quando seu pai levou para casa discos de Elvis Presley, Little Richards e Fats Dominos. Ele logo começou a estudar baixo e saxofone alto. Aos 15, formou sua primeira banda, e em 1964 ele lançou seu primeiro single “Liza Jane” sob o nome Davie Jones com os King Bees. Na sequência, mudou seu nome para David Bowie. E o mundo da música não seria mais o mesmo.
Durante a década de 1970, Bowie estabeleceu sua genialidade musical com uma obra-prima atrás da outra. Cada fase trouxe um novo som e uma nova persona, do glam rock de Ziggy Stardust, passando pela arte do rock experimental do Thin White Duke, até a “Era Berlim”, época em que trabalhou com Brian Eno em três registros de ‘avant-garde’.
Ao longo de sua carreira de 50 anos, Bowie vendeu mais de 140 milhões de álbuns em todo o mundo. De seus 25 lançamentos de estúdio, cinco ganharam disco de platina e sete deles conquistaram o ouro nos Estados Unidos. Além disso, foi vencedor de três Brit Awards, dois Grammys, e foi introduzido no Rock And Roll Hall of Fame em 1996, em uma cerimônia apresentada pela Rainha do Pop Madonna, fã declarada do eterno Ziggy Stardust.
Mas prêmios e vendas de álbuns não são suficientes para explicar o porquê de Bowie ser tão amado e por que os fãs de música em todo o mundo choram hoje. Parte disso são as canções, muitas das quais se tornaram onipresentes em nossa sociedade. Há “Space Oddity” e sua conversa cósmica como Major Tom. Há “Heroes”, possivelmente um dos hinos românticos mais potentes da história. E há a balada crescente “Life on Mars?”, uma canção onde os vocais de Bowie tocam o ouvinte com confiança e vulnerabilidade em doses iguais.
Há também músicas feitas para dançar. No coração de grande parte da produção de Bowie, é a necessidade de levar as pessoas a se mexer que está o cerne de suas composições. Afinal, o astro sobreviveu às mudanças do rock, da disco music, até chegar na onda industrial. Bowie sempre cercou-se dos sons mais modernos e adicionava seu toque pessoal, fazendo músicas tão díspares como “Rebel Rebel”, “Sufragette City”, “Fame”, “Modern Love”, “Changes”, e “Let’s Dance”. Não importava a configuração. Bowie sempre foi Bowie.
Curiosamente, ainda que fosse uma figura singular, ele também era um colaborador. Na década de 1970, ficou associado aos amigos Lou Reed e Iggy Pop. Na década de 1980, gravou um dos duetos mais emblemáticos da história da música, “Under Pressure” com Freddie Mercury (Queen). Na década de 1990, encontrou outra alma gêmea em Trent Reznor, saiu em turnê com o Nine Inch Nails e colaborou com o líder da banda no single “I’m Afraid Of Americans”. E mesmo com a carreira estabilizada, nunca se importou em fazer backing vocals para bandas como TV on the Radio e Arcade Fire. Há algo inerentemente acessível e humilde sobre a vontade interminável de Bowie para colaborar, fazendo com que ele nunca pareça excessivamente pretensioso ou superior a seus pares, mesmo quando ele tinha todo o direito de estar.
E a música não era a sua única paixão. Os fãs também foram agraciados com David Bowie, o ator, e seus papéis na telona eram tão criativos e imprevisíveis quanto sua música. Entre os principais está a adaptação de ficção científica “O Homem Que Caiu na Terra” (1976), um trabalho que ganhou status de cult ao longo das décadas. Mais tarde, ele desempenhou o papel principal no filme de fantasia “Labirinto”, um filme que se tornou um ritual para as crianças nascidas nos anos 1970 e 80.
Assista a uma Playlist Especial de David Bowie:
Informações do Portal Rock Line