A paralisação dos caminhoneiros já prejudica a distribuição de combustíveis em Santa Catarina. Em São João Batista e cidades vizinhas, consumidores fizeram filas nos postos desde a manhã desta quarta-feira (23). Em alguns estabelecimentos algumas bombas já estavam sem gasolina. Por volta das 15h10, filas ainda eram registradas em todos os postos da Capital Catarinense do Calçado.
A paralisação que completa três dias nesta quarta-feira provoca desabastecimento de mercadorias e combustíveis, além de problemas de trânsito e congestionamentos. Também há relatos de reflexos na aviação civil. O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis (Sindópolis) alerta que os postos da região metropolitana deixaram de ser abastecidos nesta quarta-feira (23), por conta dos bloqueios realizados pela mobilização dos caminhoneiros nas bases de Biguaçu, Itajaí, Canoas e Araucária.
Caso a situação persista, a consequência será a falta de combustíveis já a partir de hoje à noite. – Se houver interrupção, a gasolina não dura seis dias. Até ontem, a BR-101 estava normal. A tendência, pelo que a gente está sentindo, é que vai se agravar – diz o vice presidente do Sindicato, Joel Fernandes.
A Petrobras anunciou hoje (23), pelo segundo dia consecutivo, redução nos preços da gasolina e do diesel em suas refinarias. A partir de amanhã (24), o preço da gasolina cairá 0,62% e custará R$ 2,0306 o litro. O preço do diesel terá redução de 1,15% e passará a custar R$ 2,3083, de acordo com a estatal.
Em dois dias, as quedas acumuladas chegam a 2,69% para a gasolina e a 2,67% para o diesel. Apesar disso, a gasolina acumula altas de 12,95%, em maio, e de 16,76% em um mês. O diesel soma aumentos de 9,34%, em maio, e de 15,16% em um mês.
O alto valor do preço do combustível é o principal motivo para a manifestação nacional dos caminhoneiros, que começou no final da noite de domingo (20).