A traumática experiência em Brumadinho, Minas Gerais, jamais sairá da mente do sargento Veronezi, do Corpo de Bombeiros de Tijucas.
Durante os 15 dias em que trabalhou no resgaste das vítimas, não viu apenas lama que escorreu por toda a vegetação e cidade, mas também muitas histórias de pessoas que perderam tudo, desde bens materiais até mesmo familiares. “Voltei de Brumadinho com outro olhar sobre a vida, quais são nossas prioridades e qual a importância de se viver”, disse.
Em uma entrevista emocionante ao Jornal da Super, o sargento não conteve às lágrimas. “Não encontrávamos corpos, mas sim partes deles. Um braço, uma perna, uma cabeça, um tronco. Então se fazia o exame de DNA para que se entregassem aos familiares, que necessitavam enterrá-los”, disse emocionado.
Em lágrimas, um pai lhe fez um pedido. “Por favor bombeiro, traga ao menos um dedo de meu filho, para que eu possa ter a certeza de que seja ele”.
Para Veronezi, o que viu em Brumadinho jamais será esquecido. “E sabe quanto vale uma vida lá? R$ 100 mil. É o que estão propondo pagar pela vida de cada um que se foi nesta tragédia”, conclui.
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