
Um estado que faz fronteira com Santa Catarina está investigando o primeiro caso suspeito de morte por intoxicação por metanol. A vítima, um homem de 59 anos, procurou atendimento em uma UPA na terça-feira (14) relatando ter consumido bebida alcoólica e acabou falecendo ainda no pronto-atendimento.
A Secretaria de Saúde estadual informou que exames laboratoriais foram solicitados para confirmar a suspeita. O caso chama atenção porque ocorre em meio a alertas sobre o consumo de bebidas adulteradas, que têm provocado surtos de intoxicação em diferentes regiões do país.
No Paraná, quatro casos de intoxicação por metanol já foram confirmados, todos em Curitiba. Dois pacientes receberam alta e outros dois permanecem internados, um deles em estado grave, mas estável. Ao todo, 12 notificações foram descartadas e um óbito ainda está sob investigação.
O governo estadual mantém um alerta permanente e reforçou a vigilância sanitária, a fiscalização e a notificação de casos suspeitos. O Ministério da Saúde enviou antídotos específicos, como o fomepizol e o etanol farmacêutico, para o tratamento de pacientes intoxicados.
O metanol é uma substância altamente tóxica, muitas vezes incolor e sem cheiro, o que dificulta a identificação quando misturado a bebidas alcoólicas. Os sintomas podem surgir entre 6 e 72 horas após a ingestão e incluem náuseas, vômitos, dor de cabeça, visão turva, confusão mental e, em casos graves, convulsões, coma, insuficiência renal e cegueira irreversível. O tratamento imediato é essencial para reduzir os danos.
Em Santa Catarina, ainda não há casos confirmados, mas o estado afirma estar preparado para atender possíveis ocorrências. A Secretaria de Saúde mantém protocolos de notificação e dispõe de antídotos para uso emergencial. Hospitais e unidades de pronto-atendimento também estão orientados a acionar o Centro de Informação em Toxicologia (CIATox-SC) em casos suspeitos.
O caso reacende o alerta para a população sobre o perigo das bebidas adulteradas. A ingestão de produtos sem procedência confiável pode representar risco grave à saúde e até levar à morte. As autoridades reforçam a importância de adquirir bebidas apenas de fontes seguras e fiscalizadas, além de comunicar imediatamente qualquer suspeita às autoridades sanitárias.