Um júri popular deverá definir o futuro judicial de Rozalba Maria Grime, assassina confessa de Flávia Godinho Mafra. A canelinhense será julgada por homicídio quintuplamente qualificado com agravante, tentativa de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, parto suposto, subtração de incapaz e de fraude processual.
A sentença aplicada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina alega que o assassinato de Flávia será julgado como qualificado por motivo torpe e crueldade, além de emboscada, e impossibilidade de defesa da vítima para que outro crime fosse cometido, que neste caso, configura como a retirada da criança. A pena pode ficar maior por conta da gravidez de Flávia, além de se tratar de um crime contra mulher. Neste montante, aplica-se também a tentativa de homicídio qualificado contra o bebê, uma vez que fora praticado contra uma pessoa indefesa.
No julgamento em questão, os jurados deverão decidir se houve intenção homicida contra a criança por parte de Rozalba, isto é, o motivo pelo qual ela teria cometido o crime mesmo ciente de que poderia ferir o bebê, embora o desejo dela fosse que a criança sobrevivesse.
A data do júri popular ainda não foi definido.
NOVO EXAME DE SANIDADE MENTAL
A defesa de Rozalba solicitou recentemente novos exames, a fim de avaliar a sanidade mental da acusada. No entanto, o Perito Judicial não acatou o pedido por julgar desnecessário, tendo em vista que o laudo de um exame realizado em outra oportunidade traz riqueza de detalhes acerca do estado de saúde da assassina confessa, entre outros motivos jurídicos.
Rozalba segue detida no Presídio Feminino de Florianópolis.