
A partir de 2026, quem precisar solicitar benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social enfrentará mudanças importantes no processo de requerimento. A principal novidade é a exigência de identificação biométrica como condição obrigatória para novos pedidos, medida que faz parte da modernização dos sistemas do INSS e tem como objetivo aumentar a segurança, reduzir fraudes e agilizar o atendimento aos segurados.
Com a nova regra, aposentadorias, pensões, auxílios e demais benefícios só poderão ser solicitados por cidadãos que tenham biometria registrada em documentos oficiais aceitos pelo instituto. Entre eles estão a Carteira de Identidade Nacional, a Carteira Nacional de Habilitação e o título de eleitor com biometria cadastrada. A ausência desse registro impedirá o andamento do pedido, exigindo que o segurado providencie a atualização documental antes de iniciar o processo.
A exigência passa a valer de forma mais rigorosa a partir de maio de 2026, quando o INSS deixará de aceitar solicitações feitas por pessoas que não possuam biometria em nenhum dos documentos válidos. A mudança deve impactar principalmente quem ainda utiliza documentos antigos ou nunca realizou cadastro biométrico em órgãos públicos. A orientação é que esses cidadãos busquem a emissão da nova Carteira de Identidade Nacional, que já reúne os dados biométricos exigidos.
Apesar do endurecimento das regras, o INSS prevê exceções para garantir o acesso de pessoas em situação de maior vulnerabilidade. Idosos com mais de 80 anos, pessoas com mobilidade reduzida, moradores de áreas de difícil acesso, brasileiros que vivem no exterior e migrantes ou refugiados poderão solicitar benefícios mesmo sem biometria, enquanto não houver condições adequadas para a coleta desses dados.
Durante o período de transição, que se estende até o fim de abril de 2026, alguns benefícios específicos poderão ser concedidos mesmo sem o cadastro biométrico, especialmente em casos considerados urgentes ou temporários. A intenção é evitar prejuízos imediatos aos segurados enquanto a nova exigência é implementada de forma gradual.
No médio prazo, a identificação biométrica tende a se tornar ainda mais central. A previsão é que, a partir de 2028, apenas a Carteira de Identidade Nacional seja aceita como documento válido para identificação no INSS, consolidando um padrão único em todo o país. Segundo o instituto, a transição será acompanhada de comunicação prévia aos segurados, com o objetivo de evitar bloqueios inesperados ou suspensão de benefícios.
Na prática, a principal recomendação para quem pretende solicitar um benefício nos próximos anos é verificar se já possui biometria cadastrada em algum documento oficial e, se necessário, regularizar a situação com antecedência. A mudança não afeta pagamentos em andamento, mas será decisiva para novos pedidos, exigindo atenção e planejamento por parte dos segurados.








