
Em maio de 2025, autoridades de Santa Catarina e Goiás deflagraram uma operação conjunta para desmantelar uma rede criminosa responsável pela falsificação e distribuição ilegal do medicamento Ozempic. A investigação ganhou urgência após uma mulher ser internada em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido ao uso de uma versão falsificada do fármaco.
O Ozempic, cujo princípio ativo é a semaglutida, é aprovado para o tratamento de diabetes tipo 2. No entanto, seu uso off-label para emagrecimento tem se popularizado, aumentando a demanda e, consequentemente, a incidência de falsificações.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as versões falsificadas do Ozempic podem conter substâncias perigosas, como insulina em doses inadequadas, levando a quadros de hipoglicemia severa. Em alguns casos, as canetas de insulina Fiasp são readaptadas com rótulos falsos do Ozempic, dificultando a identificação por parte dos consumidores.
A paciente internada apresentou sintomas como vômitos intensos e alterações hepáticas significativas, necessitando de monitoramento intensivo para evitar falência do fígado. A rápida intervenção médica foi crucial para sua recuperação.
As autoridades alertam para os riscos associados à compra de medicamentos por meios não autorizados, especialmente pela internet, onde a maioria das aquisições suspeitas ocorre. A Anvisa reforça a importância de adquirir medicamentos apenas com prescrição médica e em estabelecimentos confiáveis.
A operação continua em andamento, com o objetivo de identificar e responsabilizar todos os envolvidos na cadeia de falsificação e distribuição dos medicamentos adulterados. A população é orientada a denunciar práticas suspeitas e a verificar a autenticidade dos produtos adquiridos.