
Santa Catarina registrou uma forte recuperação econômica no primeiro semestre de 2025, com crescimento estimado de 4,2% no Produto Interno Bruto (PIB) estadual, segundo projeções da Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado coloca o estado entre as economias mais dinâmicas do país no período, reforçando sua capacidade produtiva mesmo diante de um cenário nacional marcado por incertezas e desaceleração.
O avanço do PIB catarinense foi impulsionado por diversos fatores. A agropecuária teve papel de destaque, com ótimo desempenho nas principais lavouras. A indústria de transformação também registrou crescimento robusto, especialmente nos segmentos voltados à exportação. Já o setor de serviços apresentou expansão consistente, impulsionado pelo comércio, transporte, turismo e serviços prestados à população.
A estrutura produtiva diversificada de Santa Catarina, que inclui agroindústria, logística, polo têxtil, metalurgia e inovação tecnológica, contribui para a resiliência da economia estadual frente a choques externos e mudanças no mercado global.
Nos últimos 12 meses até junho de 2025, o PIB catarinense manteve trajetória de expansão, o que posiciona o estado à frente da média nacional. Esse desempenho reforça a consolidação de Santa Catarina como um importante polo econômico do Sul do Brasil, com crescimento acima da média do país.
Apesar do cenário positivo, alguns desafios ainda precisam ser superados para garantir a manutenção desse ritmo de crescimento. Juros elevados, aumento dos custos de insumos importados, pressões cambiais e a necessidade de investimentos em infraestrutura, logística e qualificação de mão de obra são fatores que podem limitar a expansão nos próximos meses.
A economia nacional já dá sinais de desaceleração. No segundo trimestre de 2025, o Monitor do PIB da FGV apontou crescimento de apenas 0,5% em relação ao trimestre anterior, o que indica um ambiente mais contido para todos os estados.
Mesmo assim, se Santa Catarina continuar a atrair investimentos e mantiver sua competitividade, a tendência é que o estado preserve a vantagem em relação a grande parte das unidades da federação. O acompanhamento de indicadores macroeconômicos, do desempenho dos setores exportadores e das políticas públicas voltadas à inovação e infraestrutura será fundamental para sustentar esse crescimento nos próximos períodos.