Cenário eleitoral de São João Batista continua bagunçado, faltando menos de 50 dias para o prazo das convenções e consolidação das candidaturas. Enquanto a base governista se derrete em brigas e disputas, partidos de oposição tem dificuldades em encontrar alternativas para enfrentar o candidato emedebista.
Ao todo são sete pré-candidatos, com a vontade de disputar a eleição posta, mas que não saem do campo das discussões em grupos de WhatsApp e fogem das articulações reais. É o caso, por exemplo, do anúncio feito pelo vereador Leoncio Cypriani, do PSD, de que está no páreo.
Foi em um grupo de conversas que verbalizou a decisão, e por ai que vem mandando recados aos seus opositores e supostos desejos de alianças com outros. Na semana passada, informou que havia conversado com o ex-prefeito Gilberto Cândido, e na qual teria informado a disposição em negociar com diversas siglas. No mesmo aplicativo de mensagens, disse que nesta semana participaria de várias reuniões, inclusive com o empresário Laudir Kammers, o Alemão.
O que é retórica belicista ou arranjo real, ainda não se sabe. Dos arroubos online a prática da negociação eleitoral, há uma distância. Aliás, as últimas polêmicas envolvendo os partidos da base governista, MDB, PSL e PSD, nasceram e morreram em acusações mútuas, na mesma plataforma. O próprio Progressista foi vítima do digital, numa mostra grátis de como será a eleição deste ano em razão da pandemia do coronavírus.
Números das últimas pesquisas lançam luz nas dificuldades que os partidos enfrentam para se consolidar, em meio a restrições de contato e apatia do eleitorado. Para se ter uma ideia, vereadores que pretendem disputar a eleição tem entre 5 e 10 pontos nas pesquisas. Pré-candidatos que não possuem mandato tem de 1 a 3 pontos. Com mais de quatro anos sendo apresentado como candidato natural à sucessão, Pedroca segue na vantagem.
Em meio as brigas, disputas e incertezas, estimuladas pelos próprios partidos, ainda é difícil precisar quantos dos prés se transformarão em candidatos. Neste momento todos juram que parte para a urnas, mesmo sabendo da inviabilidade eleitoral. Fora isso, com o desarranjo nas chapas majoritárias, dificuldades são notadas na formação das nominatas de vereadores, o que fará partidos importantes perderem espaço no legislativo.
Certo que no final o caminhão liga o motor e as melancias se ajeitam, mas a falta de organização e articulação dos partidos batistenses mostra um novo momento político na cidade. A contar até pelo número de candidatos. Em toda história da cidade, jamais se viu algo parecido. Não se discute mais entre colas brancas e pretas, mas blocos do Pedroca, do Leoncio e da Oposição.
Vai ficar difícil para a população analisar projetos. Pelo bem da cidade, está na hora das costuras se fecharem e os candidatos passarem a apresentar o que pensam e o que querem na cadeira de prefeito.