Se depender de Gelson Merisio, presidente licenciado do PSD Santa Catarina, o PMDB estará em outro palaque na eleição de 2018. Um ou outro fará oposição ao governo sucessor de Raimundo Colombo. Para o presidente da Assembleia Legislativa, o modelo de aliança entre os dois partidos se esgotou e será necessário definir um novo projeto para o Estado.
As afirmações de Merisio foram feitas na quarta-feira (09), em entrevista ao jornalismo da Super FM. “A construção da eleição municipal é um pressuposto para que possamos pensar em 2018 com efetividade. Há um grande trabalho em curso e tenho certeza que o resultado dessa ação, será um grande número de prefeitos eleitos”, afirma.
Merisio faz movimentos cautelosos. Diz que a ‘aliança de governo’ deve ser mantida até o último dia da gestão de Raimundo Colombo. Termina ai, no entanto, o que ele espera do PMDB. “Nos temos um modelo que está exaurido. Uma aliança que está exaurida. Eu acredito que é bom para o Estado, para o PMDB e para o PSD, que em 2018 nós tenhamos caminhos distintos”, argumenta.
Costuras do presidente não ficam nas sombras. Ele já defendeu em 2014, que o Partido Progressista entrasse no grupo. Foi vencido pela resistência dos peemedebistas. Agora diz que novas composições são necessárias. Para as eleições de 2016, já está acertado que PSD, PSB e PR caminharão de mãos dadas em diversos municípios. Para 2018, PP e PSDB podem integrar esse bloco.
Na visão do deputado, manutenção do poder em Santa Catarina, passaria pela oxigenação do processo. “Quando você perpetua por muito tempo os mesmos grupos, as mesmas pessoas há um processo de envelhecimento e de perda de expectativa por parte da população. Quando defendo o rompimento eleitoral com o PMDB, não é contra o PMDB, mas contra a perpetuação de um processo que de uma forma natural mantém as mesmas formas e práticas”.
O atual modelo está próximo de completar 16 anos. São oito anos que o bloco governou com Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e oito de Raimundo Colombo (PSD). Na visão do presidente da Alesc, é hora dos dois partidos tomarem cada um o seu caminho, seja no governo ou na oposição. Ele garante que o PSD terá candidato e que deseja disputar o cargo.