Produtores de Queijo Artesanal Diamante, de Major Gercino, participaram do Dia Internacional de Valorização do Queijo produzido com leite cru. O evento ocorreu em Florianópolis, no sábado, 22, e foi promovido pelo convívio Slow Food Diamante e Epagri – Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina – com apoio da S7 Coworking.
Nério Schlichting e Cristiano Marchi, do interior de Major Gercino, marcaram presença na Capital do Estado, juntamente com o engenheiro agrônomo da Epagri local, Remy Narciso Simão. O evento ocorreu simultaneamente em diversos lugares do Brasil e do mundo. Como um dia de celebração e valorização do queijo produzido com leite cru, entre os amantes de queijos.
Além do Queijo Diamante, também estavam presentes outros queijos catarinenses feito com leite cru como o Serrano, Kochkäse, Colonial, Queijinho, Ovelha Maturado, Cabra e Parmesão. Os produtores tiveram a oportunidade de falar sobre os queijos em uma fantástica degustação.
Durante o encontro ocorreu uma palestra com Michelle Carvalho, pesquisadora da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina – e do Grupo de Trabalho Slow Food Queijos Artesanais, sobre a problemática e a realidade da produção de queijos artesanais no Brasil.
O Queijo Artesanal Diamante, produzido nas comunidades de Diamante, Barra Negra, Boiteuxburgo e Campinho, em Major Gercino, pertence à Arca do Gosto, um catálogo mundial que identifica, localiza, descreve e divulga sabores quase esquecidos de produtos ameaçados de extinção, mas ainda vivos, com potenciais produtivos e comerciais reais. Além disso, consta no mapa dos queijos artesanais brasileiros do Slow Food.
Sobre os Queijos de Leite Cru
Os queijos de leite cru possuem texturas, sabores e aromas únicos, resultado da sua rica microbiota natural que garantem, além do caráter artesanal, a segurança desses alimentos.
Boa parte das características que definem um queijo artesanal e as particularidades se perdem no processo de pasteurização, promovida pela indústria.
Além de matar as bactérias benéficas, a pasteurização desnatura proteínas, elimina vitaminas e altera a textura, tornando necessário o uso de fermentos não naturais e o uso de aditivos para repor os minerais que já estavam presentes naturalmente no leite cru.
Fotos: Remy Narciso Simão