
Uma tragédia ocorrida em Praia Grande, no sul de Santa Catarina, na qual um balão de ar quente pegou fogo e caiu, resultando em oito mortes, motivou mudanças nas regras que regem o balonismo no Brasil. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) passou a anunciar novas normas para tornar a atividade mais segura.
O acidente evidenciou lacunas na regulamentação, já que os voos de balão eram considerados de alto risco e, até então, operavam na modalidade de aerodesporto, sem certificação específica para fins turísticos. O Ministério do Turismo e a Anac iniciaram diálogos para estabelecer regras claras para a exploração comercial da atividade.
As novas normas da Anac propõem critérios mínimos de segurança para operadores que realizem voos pagos ou turísticos, a transição das operações de aerodesporto para um ambiente regulado e certificado, e a emissão de certificados comerciais para balões de ar quente. A intenção é garantir que empresas, pilotos e aeronaves sejam vistoriados e aprovados antes de operar comercialmente.
Essas mudanças são importantes para aumentar a segurança dos voos, reduzir riscos de acidentes graves, gerar confiança nos passageiros e profissionalizar a atividade, além de favorecer o turismo em regiões que dependem do balonismo.
Ainda assim, desafios permanecem: a regulamentação está em fase de proposta e precisa passar por consulta pública e deliberação da Anac. A implementação e fiscalização exigirão coordenação entre órgãos federais, estaduais e municipais, e operadores já atuantes terão de se adequar às novas exigências, o que pode impactar custos e logística.
O acidente em Praia Grande serviu como alerta para a necessidade de regulamentar com rigor o balonismo de turismo no Brasil. As novas normas buscam transformar uma atividade até então pouco fiscalizada em um setor seguro, profissional e integrado à aviação regulada, oferecendo maior proteção aos passageiros e fortalecendo o turismo nas comunidades envolvidas.








