
Santa Catarina se destacou, entre janeiro e agosto de 2025, como o segundo estado que mais contratou jovens aprendizes no país. Foram 9.827 vagas líquidas criadas, o que representa mais de 10% do total nacional de 96 mil. No período, o estado registrou 29.451 admissões e 19.624 desligamentos de aprendizes, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
A maioria dessas contratações envolve jovens de até 17 anos que ainda cursam o ensino médio e buscam a primeira oportunidade no mercado de trabalho, conciliando estudo e atividade profissional.
Esse resultado reforça a posição de Santa Catarina como um dos estados que mais oferece oportunidades de entrada no mercado formal para adolescentes e jovens. O desempenho é reflexo de dois fatores principais: um mercado de trabalho aquecido e políticas públicas e empresariais voltadas à inclusão profissional.
O estado também apresenta uma das menores taxas de desemprego do país, o que contribui para o aumento das contratações com carteira assinada. O programa de jovem aprendiz, regulamentado pela Lei nº 10.097/2000, permite jornadas reduzidas e exige que o contrato combine atividades práticas com formação teórica, promovendo a inserção de estudantes de forma segura e educativa.
Autoridades e especialistas apontam que a cultura empresarial catarinense tem valorizado a formação de novos profissionais e estimulado empresas a adotarem programas de aprendizagem. Isso contribui não apenas para a empregabilidade juvenil, mas também para o desenvolvimento econômico do estado.
Apesar do avanço, os desafios permanecem. É preciso garantir que as vagas oferecidas sejam de qualidade, com formação adequada e acompanhamento, para evitar que o programa seja usado apenas como fonte de mão de obra barata. Outro ponto essencial é assegurar que os jovens consigam conciliar o trabalho com os estudos, transformando a experiência em uma base sólida para o futuro profissional.
A contratação de aprendizes é fundamental para o desenvolvimento social e econômico. Para os jovens, representa a chance de conquistar o primeiro emprego com direitos e capacitação; para o estado, significa investir na formação de mão de obra qualificada e reduzir vulnerabilidades sociais.
Com o segundo lugar no ranking nacional, Santa Catarina reafirma seu protagonismo na inclusão de jovens no mercado de trabalho formal e mostra que o investimento em políticas de formação profissional pode trazer resultados expressivos tanto para as empresas quanto para a juventude.