Os relacionamentos são fundamentais em nossas vidas e estão presentes nos mais variados meios sociais. Seja os relacionamentos amorosos, familiares ou no ambiente de trabalho, constantemente convivemos com relacionamentos que podem ser funcionais e influenciam positivamente a nossa vida ou relacionamentos disfuncionais que nos trazem mais prejuízos do que benefícios.
Mas afinal, o que seria um relacionamento saudável e um relacionamento disfuncional? É sobre isso que vamos refletir nesse artigo.
O relacionamento saudável é aquele em que você sente que tem liberdade para ser você mesmo, que consegue se relacionar, expor suas ideias e conflitos, conversar de uma forma mais intimista e te traz mais benefícios do que malefícios.
Por outro lado, o relacionamento não saudável ou disfuncional pode ser visto como um relacionamento que te traz mais sofrimentos, problemas do que benefícios. É o relacionamento com pessoas que tentam diminuir, menosprezar ou transformar (de uma forma negativa) você. Independente do que você sinta pela pessoa, o relacionamento disfuncional é aquele em que não há liberdade, nem divisão de responsabilidades. É um caminho de mão única, onde somente um se beneficia.
Para facilitar ainda mais a compreensão, vou responder algumas perguntas frequentes a respeito do tema:
Como perceber um relacionamento disfuncional?
Nem sempre é fácil perceber se um relacionamento está te trazendo prejuízo, principalmente quando se trata de um relacionamento amoroso.
A principal coisa que podemos fazer é perceber se a pessoa é a fonte de nossos sofrimentos e se os nossos problemas não existiriam se não estivemos nos relacionando com essa pessoa.
O que fazer diante de um relacionamento disfuncional?
Isso depende do tipo de relação, mas em muitos casos, é preciso rever essa relação e perceber até que ponto vale a pena continuar se relacionando com pessoas que não estão te fazendo bem.
Reflexões sobre o que essa pessoa significa para você e quais os reais motivos de você continuar convivendo com ela são necessários. Há ainda a possibilidade de tentar melhorar o relacionamento e demonstrar os problemas identificados.
Em muitos casos, se as tentativas de melhorar a relação fracassaram, pode ser necessário por um fim no relacionamento (dependendo de quão disfuncional e destrutivo ele for).
Existe um culpado pela relação estar ruim?
Não devemos procurar culpados. Devemos ter em mente que nós temos responsabilidades sobre nossas relações e que somos nós que escolhemos com quem vamos nos relacionar.
Por isso, se uma relação está conflituosa, é preciso perceber até que ponto nós temos responsabilidade por esse conflito ocorrer e se é possível modificar os problemas da relação. Tudo isso deve ser feito com muita conversa e reflexão entre os envolvidos no relacionamento.
É possível “salvar” uma relação?
Devemos ter em mente que existem motivos para que uma relação entre em conflito. Esses motivos precisam ser descobertos e comunicados.
Muitos dos problemas de um relacionamento são referentes a falta de comunicação e a pouca vontade em mover esforços para melhorar o relacionamento. Se os envolvidos estiverem comprometidos em modificar a realidade atual da relação, é possível sim transformar uma relação disfuncional em uma funcional.
A principal forma de modificar um relacionamento e através da comunicação, que precisa ser assertiva, certeira e com a finalidade de melhorar a relação.
Dependendo de como está a relação, é possível que ela precise de um auxílio externo para conseguir se transformar. É aí que entra o psicólogo.
Seja em uma relação familiar, de trabalho ou amorosa, o psicólogo estará apto para ouvir e fazer ouvir, mediando os conflitos e refletindo sobre a forma como as pessoas se comunicam em uma relação, para que ela seja mais funcional e traga mais benefícios.
Isso pode ser feito desde uma terapia familiar ou terapia de casal, em que o psicólogo irá atender os envolvidos, até em grupos operativos em instituições onde o psicólogo juntamente com o grupo que está em conflito (que pode ser grupo de funcionários, gerência de uma empresa por exemplo ou um segmento em que o conflito esteja influenciando a produtividade), para modificar a realidade disfuncional dos relacionamentos para um relacionamento mais adequado de acordo com a demanda de cada caso, visando a volta da harmonia e da funcionalidade do relacionamento.
Leonardo Leal Luchetta, batistense, psicologo clinico.