Preocupada com a difusão das infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) durante o período do carnaval, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive-SC) repassou no início deste ano aos municípios cerca de 3 milhões de preservativos, femininos e masculinos.
Também foram entregues 100 mil sachês de gel lubrificante e 85 mil leques informativos. O leque lista as ISTs mais comuns, como cancro mole, HIV/Aids, donovanose, gonorreia, tricomoníase, sífilis, HTLV, hepatites virais, LGV, herpes genitais, DIP e HPV, além de abordar a gravidez indesejada como consequência do sexo inseguro.
A médica ginecologista Flávia Monteiro Soares, que integra a Gerência de Vigilância das Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) da Dive-SC, explica que a ação se justifica pela própria excepcionalidade do período. “O Carnaval é uma época em que as pessoas geralmente estão mais relaxadas e, com a utilização de bebidas alcoólicas, podem acabar se descuidando da prevenção. Mas as doenças estão aí e um único descuido pode trazer consequências que perduram por toda uma vida.”
Ela observa, contudo, que os cuidados para a prevenção das ISTs devem ser mantidos durante todo o ano e que o método mais simples para isso é a utilização de camisinha durante as relações sexuais.
Já para as pessoas que se expuseram ao risco de contato por meio de relação sexual desprotegida, ela recomenda a busca de auxílio médico o mais rapidamente possível. Em caso de suspeita de HIV, por exemplo, está sendo disponibilizado nas unidades básicas de saúde a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), tratamento com medicação antirretroviral que pode ser iniciado em até 72 horas após a provável exposição ao vírus.
Para saber os locais que oferecem a PEP e o Teste Rápido para HIV, sífilis, hepatites B e C no estado, basta acessar www.aids.sc.gov.br.