Ação policial que terminou com a morte de três criminosos em frente ao Banco do Brasil em São João Batista, gerou um acidente no relacionamento entre as forças policiais. Desde o sábado (10), o comando da Polícia Militar vem explicitando o descontentamento com o andamento da operação e a falta de comunicação entre as forças de segurança. O caso ganhou mais um capitulo na manhã desta terça-feira (14), na coletiva de apresentação da quadrilha pelo Deic.
O clima de tensão entre os policiais foram registrados pelos jornalistas que acompanharam a coletiva de imprensa. Coletiva que estava marcada para as 10 horas atrasou em razão do comandante da Polícia Militar de São João Batista, tenente Paulo Renato Farias, ter ido a coletiva à paisana, de bermuda e camisa, e discutido com policiais civis. Ele tentou participar da coletiva mas foi impedido.
De acordo com relatos, ele foi levado para uma sala por delegados e até uma algema foi solicitada. O delegado da Diretoria de Investigações Criminais (DEIC), Adriano Bini, estava visivelmente tenso e afirmou que o assunto com a Policia Militar seria resolvida internamente. O diretor da Deic afirmou que a Polícia Civil agiu com quatro equipes em São João Batista e posicionou uma delas em frente ao quartel da PM justamente para proteger os policiais militares.
Bini afirmou que a quadrilha costuma atirar contra as bases militares durante os roubos a banco. O diretor da Deic declarou que a PM não foi informada da operação para evitar o vazamento de informações na rede de rádios da PM, a qual segundo ele poderia ser interceptada pelos assaltantes, que então ficariam sabendo da investigação da Polícia Civil.
Sobre o assalto em São João Batista
Na madrugada de sábado (10), três assaltantes morreram em frente ao Banco do Brasil de São João Batista em confronto com o Deic. De acordo com as informações repassadas pelos policias na coletiva, os criminosos são do Rio Grande do Sul e foram identificados como sendo Lúcio Mauro Lau, Anderson da Silva Santos e Marcelo de Oliveira Flores da Silva. Eles possuem antecedentes criminais.
O assaltante que foi baleado e hospitalizado foi identificado como Jaider Torão Ferreira Júnior, também do Rio Grande do Sul. Foram presos em São João Batista outras três pessoas que fariam parte da quadrilha. Duas delas tiveram os nomes divulgados: Joelci Padilha Pimentel e Enio Sampate de Oliveira. Também há um terceiro preso que seria um empresário local de São João Batista suspeito de dar guarida ao bando.
O delegado da Deic, Anselmo Cruz, responsável pela operação e ferido no tiroteio, ainda está hospitalizado, mas não corre risco de morte. Um agente da Deic que também foi ferido já teve alta.