Seis em cada dez municípios de Santa Catarina admitem que não estão preparados para lidar com o aumento de eventos climáticos extremos, como secas, inundações e outros desastres naturais. Esta conclusão vem de uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) com 3,5 mil cidades brasileiras, divulgada na segunda-feira (20).
De acordo com a pesquisa, 61% dos municípios catarinenses consultados disseram não estar prontos para enfrentar a intensificação de eventos climáticos extremos. Outros 32% afirmaram estar preparados, enquanto 4% desconhecem previsões que afetem a cidade, e 2% não responderam.
Em todo o Brasil, o número de municípios que reconheceram não estar preparados é maior: 68%. A maioria desses municípios apontou a necessidade de capacidade técnica (74%) e financeira (94%) como os principais motivos para o despreparo.
A pesquisa da CNM também perguntou se há nos municípios brasileiros com áreas de risco de desastres um setor ou pessoa responsável pelo monitoramento diário em tempo real dessas áreas.
Em Santa Catarina, 49% dos municípios afirmaram ter um setor ou pessoa responsável pelo monitoramento das áreas de risco, enquanto 41% disseram não possuir essa estrutura.
No Brasil, 38,7% dos municípios contam com essa estrutura ou profissional responsável, e 43,7% não possuem.
Outro dado importante levantado foi a existência de sistemas de alerta para desastres, sejam móveis ou fixos. Em Santa Catarina, 47,8% dos municípios admitiram não ter essa estrutura de alerta. Entre os que possuem, 43% utilizam sistemas que enviam alertas via SMS, redes sociais e aplicativos, 9% contam com veículos equipados com sirenes e sistemas móveis de aviso, e 2,4% possuem sistemas fixos com alto-falantes e sirenes.
Em todo o Brasil, 57% dos municípios não têm nenhum sistema de alerta, móvel ou fixo.