
Após a morte do papa Francisco, a Igreja Católica se prepara para a eleição de um novo pontífice, que será realizada por meio do Conclave. O processo reúne cardeais com menos de 80 anos e, entre os sete brasileiros aptos a votar, três nasceram em Santa Catarina.
Os cardeais catarinenses vêm de diferentes regiões do estado: Gaspar e Mafra, no Vale do Itajaí, e Forquilhinha, no Sul catarinense. Ao todo, 138 cardeais de diversas partes do mundo participarão da escolha do novo líder da Igreja. A seguir, conheça a trajetória dos três catarinenses que integram o Colégio Cardinalício.
Jaime Spengler – Presidente da CNBB e arcebispo de Porto Alegre (RS)
Nascido em Gaspar, Jaime Spengler tem 64 anos e iniciou sua caminhada religiosa na década de 1980, ao ingressar na Ordem dos Frades Menores. Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma, foi ordenado padre em 1990 e passou a atuar em missões pelo Brasil.
Em 2010, foi nomeado bispo auxiliar pelo Papa Bento XVI e, em 2013, assumiu o cargo de arcebispo de Porto Alegre por decisão do Papa Francisco. Recentemente, em dezembro de 2024, foi elevado a cardeal em uma cerimônia no Vaticano.
João Braz de Aviz – Prefeito do Dicastério para Institutos de Vida Consagrada
O catarinense mais velho apto a participar do Conclave, João Braz de Aviz tem 77 anos e nasceu em Mafra, crescendo posteriormente no Paraná. Ele ingressou cedo na vida religiosa, estudando Filosofia e Teologia antes de ser ordenado padre em 1972, na Catedral de Apucarana (PR).
Foi bispo auxiliar de Vitória e atuou como reitor e professor de Teologia Dogmática em Londrina. Também comandou a Arquidiocese de Brasília a partir de 2004. Em 2011, foi nomeado prefeito do Dicastério para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica pelo Papa Bento XVI e, no ano seguinte, recebeu o título de cardeal. Aviz também participou do Conclave que elegeu Francisco em 2013.
Leonardo Ulrich Steiner – Arcebispo de Manaus e primeiro cardeal da Amazônia
Natural de Forquilhinha, Leonardo Steiner tem 74 anos e é considerado o primeiro cardeal da Amazônia pela Igreja Católica. Ele estudou Filosofia e Teologia no Convento dos Franciscanos de Petrópolis e é doutor pela Pontifícia Universidade Antonianum, em Roma.
Ordenado sacerdote em 1978, Steiner dedicou parte de sua trajetória à educação, atuando em diferentes projetos pedagógicos. Depois de servir como bispo auxiliar de Brasília, ele foi nomeado arcebispo de Manaus e elevado a cardeal em 2022, por decisão do Papa Francisco.
O papel dos cardeais catarinenses na escolha do novo papa
A presença de três catarinenses entre os eleitores reflete a influência da Igreja no Brasil e destaca a trajetória dos religiosos do estado no cenário mundial. A expectativa agora gira em torno do Conclave, que reunirá os cardeais para definir o novo líder da Igreja.