
O governo catarinense estuda adotar o Harbin Y‑12F, um turboélice chinês bimotor, como alternativa para operar uma malha regional que conectaria até 24 cidades do estado. A máquina, produzida pela Harbin Aircraft Industry Group, embarca até 17 passageiros por voo .
O Y‑12F é robusto e desenhado para operar em pistas curtas, inclusive não pavimentadas (menos de 400 m) — ideal para aeroportos pequenos como Correia Pinto, São Joaquim ou Caçador.
Rotas antigas da Azul e VoePass foram descontinuadas, deixando um vazio na malha internal estadual. A solução? Implantar “pontes aéreas” para retomar o fluxo de passageiros e cargas .
Parcerias públicas e privadas
Duas empresas de táxi aéreo apresentaram planos ao governo. Até 2025, uma delas deve ser escolhida para operar a frota inicial em 12 aeroportos do estado, com estreia dos voos em 2026 .
Linha de montagem local
Além da compra de aviões, há negociações para instalar uma linha de montagem do Y‑12F em SC, lideradas por uma empresa catarinense do setor de saúde. O objetivo é criar o maior polo aeronáutico da América Latina .
Geração de empregos e PIB local
A iniciativa visa estimular a economia local, atraindo investimentos, empregos e tecnologia para o estado, posicionando Santa Catarina como hub regional no setor aeronáutico .
O governo também avalia o Cessna SkyCourier, veículo americano similar com capacidade para 19 passageiros — já certificado no Brasil e notével atuante na Amazônia. A escolha entre o modelo chinês e o americano dependerá da parceria com as operadoras interessadas .
Desafios e próximos passos
1. Certificação ANAC: o Y‑12F ainda não tem autorização para voar no Brasil. A certificação será fundamental.
2. Viabilidade econômica: será preciso analisar subsídios, ICMS reduzido e custos operacionais para viabilizar as rotas.
3. Infraestrutura aeroportuária: melhorias em pistas, terminais e segurança em cidades menores.
4. Contrato com operadoras: decisão final deve sair até fim de 2025; voos comerciais estão planejados já para 2026.
Inclusão regional: facilita deslocamento da população do interior.
Descentralização econômica: cidades menores podem atrair turismo, negócios e investimentos.
Tecnologia internacional: aproximação com fabricantes estrangeiros e fortalecimento da indústria local.