‘Quem quer faz”. A frase usada no dia-a-dia pode ser deslocada para o trabalho da Câmara de Vereadores de São João Batista, que nos primeiros meses de 2017 se viu envolta em polêmicas e bate-bocas entre parlamentares no plenário. Sessão na noite desta segunda-feira (24), revela que o Legislativo pode ir além do famigerado picadeiro e apresentar propostas importantes para a cidade.
Termômetro medido pelo número e relevância de projetos de origem do próprio legislativo. Ou seja, propostas elaboradas pelos vereadores. É o caso dos projetos relacionados a área da saúde apresentados pelos vereadores Éder Vargas (PMDB) e Fábio da Ravel (PP). Distantes no espectro político, eles se afinaram na temática e deram uma aula de como a produtividade da Câmara poder ser ampliada.
O emedebista Éder Vargas colocou em leitura projeto de sua autoria que prioriza o atendimento aos pacientes com câncer. Já o pepista Fábio da Ravel protocolou projeto que leva exames de oftalmologia e audição para as escolas do município além da criação da Semana Farroupilha em São João Batista.
Em outro momento da sessão desta segunda-feira, ficou evidente que o nível dos debates pode se manter respeitoso. Juliano Peixer (PEN) e Milson da Silva (PMDB) concordaram com a situação precária da Estrada Geral do Fernandes e se comprometeram em buscar solução para os problemas na pavimentação. Os debates de projeto de origem do Executivo também se mantiveram dentro da razoabilidade, com os parlamentares expondo seus pontos de vista sem levar a disputa para âmbito do pessoal.
Se “quem quer faz”, os vereadores mostraram que podem transformar o Legislativo em casa de Lei e não da ‘mãe Joana’. E que podem apresentar soluções para problemas da cidade sem histeria e gritaria. Aliás, é possível que os vereadores apresentem projetos importantes para o bem estar social e renovar a imagem da Câmara. “Quem quer faz”.
