O que era para ser uma ‘briga’ somente do PMDB já gera desconforto na base aliada do Poder Executivo de Nova Trento. Atair do Nascimento Maçaneiro (PMDB) quer a vaga de Leonir José Maestri (PMDB), isso é público e notório, devido à condenação dele em segunda instância e transitada em julgado, devido a ofensas contra o ex-vereador Josemar Guilherme Franzoi. Mas, agora, o assunto respingou e criou um mal-estar entre PP e PSDB.
Na manhã desta terça-feira, 10, uma reunião emergencial reuniu o prefeito Gian Francesco Voltolini (PP), o líder do PP na Câmara, vereador Valdemir Luiz Quaiatto e o assessor jurídico do município, Fabiano Alex Berghahn, junto com os tucanos Orivan Jarbas Orsi, o secretário de Educação Luiz Carlos Orsi, que é presidente da sigla e Carlos Roberto Orsi, presidente do Legislativo. O motivo: o mandado de segurança com pedido de liminar impetrado na Justiça, que determina ao presidente da Câmara que declare a perda do mandato de Maestri.
Carlos Roberto não gostou nada desta situação e o ‘fogo amigo’ outrora no PMDB, agora cai faíscas dentro da base aliada , especialmente a coligação PP/PSDB. “Fiz o que tinha que ser feito, ou seja, ouvindo a opinião do assessor jurídico da Câmara e em conjunto com os parlamentares. Não vou decidir sozinho essa questão”, disse.
Justiça e Política
Fabiano Alex Berghahn é assessor jurídico do município e, neste caso de Atair, representa a peemedebista na Justiça como advogado autônomo. O que soou estranho nos ouvidos dos membros do PMDB, agora soa no próprio ninho tucano. Neste caso, o assunto que parecia apenas jurídico gera um desgaste político e, ao que parece, não somente entre os peemedebistas, mas sim pepistas e tucanos.
Fica a Pergunta
Afinal, a quem interessa a saída de Maestri além de Atair?
Agricultura
Outro assunto que gera muitas reuniões e sem nenhuma decisão entre PP e PSDB é quanto ao novo secretário municipal de Agricultura. Detentor da vaga, pelos critérios da coligação, o PSDB indicou Joel Garbari, porém o prefeito não acatou. Até agora, a fumacinha branca ainda não saiu da chaminé e, não será surpresa se o próprio PP fazer esta indicação. Até mesmo, poderá ser do sexo feminino, o que seria uma novidade no município.
Sucumbência
Projeto está na Câmara de Vereadores e não agrada aos edis. Caso seja aprovado, os profissionais da Assessoria Jurídica do município, por exemplo, poderão receber até 10 % de honorários sucumbenciais em causas ganhas, além dos vencimentos que já recebem como funcionários públicos. O assunto já esquenta o debate entre os vereadores. E, para que seja aprovado, necessitaria do voto minerva tucano de Carlos Roberto Orsi. Ou seja, Carlos votaria a favor de Berghahn, justamente ele que, como advogado de Atair, entrou contra o presidente da Câmara na Justiça? Só o tempo e os bastidores da política neotrentina para responder.