Está lá no PME – Plano Municipal de Educação – de Nova Trento, aprovado em 2015, o artigo em que informa sobre a necessidade de escolher o diretor (a) das escolas municipais através de uma eleição com voto direto (estudantes, professores e pais).
O assunto ganhou notoriedade, após o vereador Tiago Dalsasso (MDB) exigir que o município cumpra o que já foi debatido e definido no Plano de Educação. Com isso, o presidente do Poder Legislativo, Valdemir Luiz Quaiatto (PP) enviou a questão para ser debatida no Conselho Municipal de Educação. “Não vejo polêmica nenhuma, pois já está no PME, de que a escolha da direção das escolas seja pelo voto e não por indicação partidária, como acontece hoje e que não traz nenhum beneficio ao setor”, analisa Dalsasso.
A tendência é que o Conselho Municipal de Educação se pronuncie sobre o assunto na próxima semana. Se informarem que o PME tem que ser colocado em prática, não farão mais do que a obrigação sobre a legalidade do tema. Se forem contrários, estarão contrariando o próprio Plano Municipal de Educação, que eles mesmos já debateram há quatro anos.
Mas, independentemente do parecer do Conselho, o voto dos vereadores é soberano. E, neste caso, se tem outro ponto interessante. A situação tem a maioria dos edis e, inclusive, conta com um professor, Carlos Roberto Orsi (PSDB), irmão do secretário de Educação, Luiz Carlos Orsi. Mesmo não sendo voto de minerva, a posição dele será definitiva sobre o assunto. Se votar contra os professores (maioria quer eleição) estará também sendo contrário não somente a classe, bem como a seu próprio irmão, que foi o mentor do Plano Municipal de Educação.
O jeito é esperar e ver esse desfecho.