Não é de hoje que quando um vereador não está com 100% de afinidades ao Executivo, ele se diz ser independente. Com Rodrigo dos Santos (PP), de Major Gercino, não é diferente. Aliás, ele já disse que procura aprovar o que é, pela sua ótica, positivo ao município, e reprovar o que seja negativo.
Mas um simples requerimento de autoria do pepista, assinado por seis vereadores e levado ao Executivo, abriu um precedente para uma pequena polêmica que, se não for controlada, poderá se tornar uma bola de neve. É que o prefeito Valmor Pedro Kammers (PSDB) não respondeu de forma oficial, ou seja, por escrito, ao Legislativo. Preferiu levar a informação de forma verbal pelo vereador Augustinho Orlandi (PSDB). O tucano destacou o requerimento, que trata sobre o reajuste salarial dos servidores públicos municipais, na sessão da noite de segunda-feira, 29.
Ficou evidente que, Rodrigo dos Santos não gostou da forma como a informação chegou. “Me causou uma certa estranheza. Porque ele (prefeito) não respondeu o requerimento? Ele tem 30 dias para responder, eu sei, mas poderia ter respondido. Certamente fomos ignorados”, disse o edil, que usou do mesmo expediente para reforçar o pedido: “Há dificuldades, mas temos que remunerar melhor nossos funcionários públicos. Os vencimentos estão muito defasados”, disse.
Rodrigo falou aos quatro cantos da Casa Legislativa que é participativo e independente. “Eu sou a favor do povo. Sou situação quando for preciso, e oposição quando tem que ser”, analisou.
Por fim, ele criticou a situação da saúde em Major Gercino. “A nossa saúde está na UTI. E o problema é administrativo”, falou.
Esta praticamente é a primeira vez em que um vereador da base aliada se posiciona de forma mais forte contra o Poder Executivo. Pelo jeito, o prazo de ‘lua de mel’ já passou e, a partir de agora, o prefeito municipal Valmor Pedro Kammers, o Valmor do Pita, terá que aparar as arestas. Do contrário, haverá de conviver dentro da própria base aliada, com o famoso ‘fogo amigo’.