Apresentações de projetos, palestras e oficinas reuniram acadêmicos, comunidade e pesquisadores no campus do Centro Universitário de Brusque (Unifebe) durante a 10.ª Semana de Acessibilidade e Inclusão e a 2.ª Semana acadêmica do curso de Educação Especial. O evento, realizado no fim de agosto, contou com atividades presenciais e virtuais, disponibilizadas no canal do YouTube da instituição.
A programação contou com a participação de nomes, como o diretor-presidente da Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas, Guilherme de Almeida; a psicopedagoga Ana Paula Silva e a especialista em Educação Especial Inclusão, Anaxara Kaz de Andrade.
Conforme a presidente do Comitê de Acessibilidade e Inclusão da Unifebe, Quésia Cabral Martins, a participação de diferentes cursos durante as atividades foi uma característica marcante da edição. Ao longo das atividades, acadêmicos de Design de Moda; Educação Especial; Pedagogia; Letras – Inglês e Sistemas de Informação apresentaram pesquisas voltadas à acessibilidade e inclusão.
“Os temas apresentados contribuíram para promover a cultura inclusiva e assegurar às pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e necessidades especiais, o acesso, permanência no ensino superior, contribuindo para eliminar o preconceito, a discriminação e outras barreiras atitudinais, bem como a valorização da diversidade para assegurar o cumprimento das políticas de acessibilidade e inclusão na sociedade de forma consciente e comprometida”, relata.
Visita-técnica
Durante a programação, o grupo de acadêmicos de Educação Especial conheceu quatro centros da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE). A instituição é considerada referência na pesquisa e na promoção de recursos e formação de profissionais para a inclusão das crianças com deficiência, transtornos, altas habilidades ou superdotação.
O grupo pôde conhecer o Centro de Avaliação e Encaminhamento (Cenae); o Centro de Tecnologia Assistiva (Cetep); o Centro de Educação e Trabalho (Cenet) e o Centro de Educação e Vivência (Cevi). No caso da acadêmica da 5.ª fase Josinalda Irene da Silva, a visita ao Centro de Convivência foi marcante. Além de ser a primeira oportunidade que ela teve para conhecer a Fundação, a acadêmica destaca a possibilidade de acompanhar a atuação de educadores na organização de jogos para um evento interno e sua interação com os estudantes.
“Considero que a visita foi extremamente importante. Pudemos fazer a conexão entre as teorias que aprendemos em sala de aula com as práticas que observamos lá. Essa vivência, com certeza, colabora com nosso processo de formação, por nos fazer perceber ainda mais a importância do papel desses profissionais na vida das pessoas atendidas pela Fundação”, descreve. Na avaliação dela, as atividades fazem a diferença no desenvolvimento e na inclusão dos participantes.
“São eventos importantes para se refletir sobre a inclusão das pessoas com deficiência na escola, no ambiente acadêmico e na sociedade de forma geral”, descreve a coordenadora do curso de Educação Especial, professora Raquel Maria Cardoso Pedroso.
Ela ressalta a garantia legal de direitos das pessoas com deficiência com a aprovação, ao longo dos anos, de leis e estatutos específicos. Segundo a coordenadora, com a diversidade da programação foi possível tanto atingir um público mais amplo quanto promover experiências diferentes para os acadêmicos.
“É preciso que estejamos juntos, apoiando e respeitando a autonomia das pessoas com deficiência. A inclusão é uma luta que não é de hoje, e é de todos, por isso precisamos de eventos que discutam e reforcem que o lugar de uma pessoa com deficiência é onde ela quiser estar” afirma.