Quase R$ 6 milhões em pedidos de recursos foram protocolados pelo prefeito de Major Gercino, Valmor Kammers e lideranças locais, que estiveram em Brasília na Marcha dos Municípios. Esforço é para que Deputados Federais transformem as solicitações em emendas parlamentares, que o Governo coloque no Orçamento, e que posteriormente o dinheiro seja repassado para execução de obras. É neste ponto que a banda para de tocar.
Prefeito e Vereadores de São João Batista, Nova Trento e outros também estabeleceram a mesma rotina na Capital Federal. Mas, pedido entregue a Deputado não é garantia que o recurso seja destinado ao município. E se for transformado em emenda, a burocracia impõe a demora rotineira do sistema público. Seria mais fácil, não fosse o período de ebulição política no país, com o presidente se segurando a fios e o Congresso Nacional suportando terremotos.
Um interlocutor da prefeitura de Major Gercino diz que o retorno de Brasília foi desanimador. Apesar de todos os encaminhamentos com os parlamentares, a probabilidade de boa parte dos pedidos se transformarem em recursos na conta são pequenos. Deputados lutam para se manterem nos cargos, votações são obstruídas, e as reformas da previdência e trabalhista que tramitam são fatores de dificuldades para o andamento das emendas.
Neste momento, a pressa é inevitável para salvar a execução de promessas de campanha dos prefeitos. Sem os caraminguás vindo da União, pouca coisa pode ser feita. Crise nacional consumiu toda a gordura das Administrações, que veem mês a mês os repasses institucionais reduzindo. Não há previsão para estabilização política, o que deixa os gestores municipais a beira de um ataque de nervos. Muitos estão preferindo usar o silencia e não fazer alvoroços, pois o que pediram aos Deputados pode se transformar em miragem.
Se prometerem serão cobrados. 2017 está em frangalhos para os prefeitos, 2018 promete fortes emoções. Eleição geral, e os cofres são fechados já a partir de abril. Nessa conta, o que foi pago até o final do primeiro trimestre do ano foi, o que não vier, não tem mais esperança. Será ano perdido para os municípios. Na sequência, 2019 será o primeiro ano de novas gestões. Presidente e Governador diferentes no cargo, também devem atravancar a liberação de recursos.
Para quem foi a Brasília, entregou pedidos e já conta com o ovo, ‘muita calma nessa hora’. Seria importante que todas as solicitações se transformassem em emendas, mas no Brasil de hoje, milagres ficam a espera. Para os prefeitos que dependem desses recursos para gerir os municípios e realizarem obras, é um teste de paciência e esperança. Além da expectativa que o quadro nacional não se agrave ainda mais. Pedidos de recursos estão nas mesas dos deputados em Brasília, começa agora a torcida e espera pela boa vontade.