“Rico que rouba é doença, pobre que rouba é ladrão”.

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“Pro cabra ser preso hoje, a condição é ser pobre”, grita um poema que li na internet. Verdade cristalina. Se é meu amigo, é doente, tadinho; se não conheço é bandido, tem que ir pra prisão. Bandido é bandido, não importa a posição. Mas, o mimimi infindável e sórdido de quem aponta o dedo para frente, esquecendo dos quatro pra trás, quer colocar bandido na posição de vítima. Pra quem comete crime, tem uma única pilula que cura; o rigor da lei. A cadeia.

Os bandidos estão mais soltos do que nunca. Enquanto isso, mesmo não tendo cometido crime algum, somos condenados a viver enclausurados entre nossos muros, e atemorizados com a ideia de ter de sair de casa. Criminalidade que cresce com a frouxidão da lei, e com uma perceptível mudança de visão da sociedade: para muitos o criminoso não passa de uma vítima, um doente. E a compaixão vira impunidade, que estimula novos crimes.

rouboE vamos reclamando que a polícia não trabalha. Que falta efetivo. Que os investimentos em segurança estão escassos. De nada adianta. Está se formando uma consciência coletiva em defesa da bandidagem. E reclamamos quando somos as vítimas. Erguemos a voz em protesto pelo criminoso que entra no comércio, nas casas, ou agem nas ruas. A vitimização do criminoso é a munição que ele precisa para cometer os delitos.

No final do ano passado São João Batista foi marcado por protestos. O número de furtos e assaltos explodiu. O dedo foi apontado de imediato para a polícia. Esquecido de uma analise mais pronfunda. É o sistema judicial que trabalha na fragilidade da lei. É a sociedade que tem observado uma crescente mudança de postura com relação aos criminosos. Se até pouco tempo lugar de bandido era na cadeia, a sensação é que querem leva-los ao sistema de saúde. E se a situação é ruim, ela pode ficar pior.

Em opinião considerada forte, a jornalista Rachel Sheherazade, fez um convite que faz todo sentido neste momento. Ela convidou os defensores dos Direitos Humanos, que se apiedam dos marginaizinhos, que façam um favor: adote um bandido. Não há o que justifica a pratica de crimes. Mesmo que psicologos e psiquiatras tentem explicar. Não podemos aceitar que nossos filhos sejam bombardeados com essa insensatez que coloca bandido na posição de vitima do sistema, ou de algum disturbio psicológico ou fisiológico. Bandido é bandido e ponto.

Compartilho da opinião de Eduardo Martins Boiati, promotor de justiça. Para ele, a existência, a ampliação e efetiva aplicação das penas privativas de liberdade são situações necessárias para, dentre outras razões, afastar o criminoso do meio social, ainda que por algum tempo, impedindo que esse indivíduo continue delinquindo, bem como para prevenir, por exemplo, a prática de outros crimes.

“E a pena privativa de liberdade deve ser cumprida como tal, com rigor e dignidade, impedindo-se que criminosos continuem a delinquir a partir do interior dos presídios. Que são hoje em dia verdadeiras casamatas para facções criminosos”, diz Boiati. Nada justifica um crime. Bandido é bandido e deve ir pra cadeia. E se ficar compadecido: “faça um favor: adote um bandido” e o leve pra sua casa.

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